Toda manifestação pela Cidadania - melhores
condições de vida - é válida. Todo discurso social de protesto - liberdade de
pensamento - é válido. Toda oposição ao situacionismo - o Legislativo é um
puxadinho do Executivo - é válido. Toda passeata - a pacífica - é válida. Todo
apoio de outras entidades - que não causem atrelamentos - é válido.
Diante destes parágrafos anteriores, com seus
cinco princípios de Direitos Humanos, declaro meu apoio explícito aos
servidores públicos de Mogi das Cruzes. Assim como fiz com os chacareiros,
movimento contra o aterro, contra o radar dedo-duro e a favor da Ficha Limpa.
Ainda mais: afirmo que este protesto, nascido dentro do Estado, rompe
democraticamente com uma enganosa publicidade oficial que sempre nos diz: está
tudo maravilhoso em Mogi das Cruzes. Será?
Como historiador, constato que, pouco a
pouco, vozes dissonantes surgem. A passeata feita, à semelhança de inúmeras de
São Paulo, revela que existe um clamor público de membros do Semae (Serviço
Municipal de Águas e Esgotos), da Guarda Municipal (esta ainda muito
desprestigiada), de funcionários do prédio da própria Prefeitura.
E por isto chega-se à conclusão: merecem ser
ouvidos. Como? Toda pessoa da comissão dos trabalhadores tem de participar da
negociação com o prefeito. Repito: é ilegítimo deixar de fora qualquer membro
da comissão dos trabalhadores. Caso contrário, qualquer "cala boca" é
autoritarismo!
Também é lamentável que o discurso oficial,
seja do governo federal, estadual ou municipal, venha sempre com a velha
"lenga-lenga" de deslegitimar o movimento social (seja de quem for:
professores, metalúrgicos, servidores) ao afirmar que estão sendo manobrados
por partidos políticos. Isto é desculpa esfarrapada para não colocar o dedo na
ferida: existem problemas que devem ser solucionados.
Mas como? Por três passos essenciais. Em
primeiro lugar, pelo Diálogo (com letra maiúscula). Depois, com a presença
direta do prefeito conversando com a comissão representativa dos servidores. E,
finalmente, com transparências, isto é, na presença de advogados de ambas as
partes. Caso contrário, mandonismos podem surgir.
Somos aprendizes dos 3 "Ds", da
filosofia clássica grega: a existência da Dúvida (não somos donos das
verdades), a existência do Debate (um só lado que decide é enganação) e a
existência do fruto: a Democracia. Que bom...
Mário S. de Moraes
Historiador e professor de Cultura Brasileira
Gostaria de comentar que nosso plano de carreira está sendo pago como gratificação, e não como está escrito na lei onde o salário base mudaria e por consequencia todas as gratificações que incidem sobre esse salário não ocorrem. Será mal interpretação da lei ou má fé mesmo?
ResponderExcluirMá fé, tenha certeza disso.
ExcluirAmigos do blog, falem sobre o plano de carreira.